Nem te [Conto]

(…)
Ela escolhe… escolhe… escolhe… e no fim,
põe qualquer coisa mesmo, sem áudio,
enquanto eu bolo mais um baseado.

Quem vê a gente assim junto, deitado
fala, na certa, que ela é a minha ‘De Fé’…
Aninhada no meu colo, debaixo do edredom, dando uns trago e pedindo cafuné. É outra mulher!
(…)

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Mulher

Ainda não sei o que ela viu em mim,
mas a minha cabeça, na época:” – Quem me dera…”
E deu!
“Cachorro acostumado a roer osso, não sabe o que fazer com um quilo de carne.”
– Cidadã, idônea e idosa, aqui da vizinhança.

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Menina

A confiança é uma mulher ingrata, que te beija, te abraça, te rouba e te mata…
Sai o som, tomando atenção de assalto,
pra fora do Opalão preto de vidros verdes,
que passou na maciota, de vidro baixo,
só pra dar tempo de apreciar os bancos de couro… Fino!

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Promessas Quebradas [Pt.2]

(…)
Muitos cheiros misturados nesse ambiente.
Minha mente vagueia por dentro e pra fora.
Inebriante, – me vem à mente – talvez seja a palavra certa
pra essa mistura de café bom com especiarias,
se é que posso chamar assim,
o acompanhamento que se fez presente.
(…)

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Noites Vazias

Noites vazias, tão frias, tão… minhas.
Noites em claro, é claro, pensando em por que o nosso tempo é tão caro.

(…) “Saudades dos meus gatos.” – é tudo que consigo pensar.

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